segunda-feira, 19 de agosto de 2013

(DES) PADRONIZAR

Em meios aos devaneios e pensamentos, filosofias e sonhos, busco encontrar algumas soluções.

imagem tirada da internet.
Muitas vezes não cabem a mim, outras não vou encontrar... Mas parar de lutar? Isso nunca!

Hoje vamos refletir um pouco sobre a necessidade de padronização.


Vagando pela internet, recebo esta imagem (ao lado) de uma amiga que sempre compartilha pensamentos interessantes no "Facebook" e que diversas vezes me faz refletir intensamente.

Recebo um e-mail de um grande amigo, com o título "Estão lixando a nossa alma enquanto a gente se diverte", com um texto de mesmo nome e autoria de Edival Lourenço.

A vontade de falar sobre o assunto já me seguia por alguns dias, quando refletia sobre o tema que iria conversar com vocês. E é muito interessante como as coisas vão se encaixando e somando.

Padronizar? Ou Despadronizar? Eis a questão!

Na sociedade contemporânea em que vivemos tudo é padrão.
Temos que lutar para se encaixar em todos os nomes que querem nos dar.
Alto, baixo, branco, azul, negro, mulato, gordo ou magro.
Tanto faz! O importante é padronizar.

Padronizam a nossa roupa, é necessário se encaixar.
Padronizam o nosso jeito de falar.
Padronizam nossa luta, nosso sonho, nosso viver.
Padronizam até a forma da gente crer.

Padronizam a cor das coisas, mas não se importam com quem não consegue ver.
Padronizam a forma de vestir, mas não se importam com quem não tem o que lhe servir.
Padronizam o horário de acordar, mas não perguntam ao sol se é hora de levantar.
Padronizam a maneira de guiar, mas não se perguntam qual a forma de amar.
É necessário padronizar, até o jeito de sonhar.

As mulheres sofrem mais com isso, pois é necessário estar em forma.
Em forma de modelos, de ideias a seguir.
Será mesmo que é preciso se padronizar para sentir?

Use essa roupa, vista essa calça, compre esse aparelho.
Corra na esteira, some o seu dinheiro, compre mais um pouco.
Viaje para longe, gaste mais um pouco, não olhe no espelho.
Está errado seu cabelo, corta essa barba, arrume esse corpo.
Fale mais baixo, aperte mais o cinto, arrume o aparelho.
Seu dente é torto, sua boca pequena, seus pés enormes.
Sua cintura está larga, quem vai te querer?
Seus músculos não são torneados, como vai viver?
E se não tiver o melhor celular, como vai se encaixar...
Nessa sociedade estranha, que nos quer padronizar?

Nesse mundo de padrões, todos vão se transformar...
Em escravos dos patrões, muitas vezes sem somar,
Para cumprir com os padrões, muitos vão até roubar,
Mas não toca nisso não, se não vão te julgar...
De maluco, maconheiro, de comunista ou baderneiro,
Não se pode nem se perguntar:
- Porque uns tem e outros não, nesse mundo, sem lutar?

E não é ter padrão não, é o mínimo de sobreviver...
Uns moram em castelo outros não tem o que comer!
Mas o que importa mesmo é em que grupo você se encaixa...
Quando compra outro gadget. Tira logo ele da caixa!
Use essa roupa, vista essa calça, compre esse aparelho, anda logo, vem, se encaixa!

Se eu quiser ser diferente, posso até ser mal tratado...
Pelos velhos, pelos novos, pelos jovens e mal educados,
Que não pensam no próximo, como um a mais que soma,
Mas se colocam em enfrentamento quando ao padrão não se ama.
Parece até Extraterrestre, monstro de outro mundo,
Quando o padrão é ser feliz e não se iludir com esse absurdo,
De padronizar tudo, até o muro que separa,
E não se deixar viver, sem arame, sem amarra...
E se eu quiser ir contra? Vão me chamar de quê?
Sonhador, louco ou até ET?

Não preciso de seus rótulos, muito menos de pressão...
Para mim vale mais um sonho, uma busca em união,
Com amigos sonhadores, que não aceitam padrão,
Aqueles bem loucos, foras da situação!

Compra logo esse carro, monte logo esse apartamento, e não saia desse lado, não se ponha em enfrentamento.
Some logo esse cartão, compre logo mais um montão, nem pense nos seus juros, muito menos na manipulação...
O que importa mesmo é se encaixar nesse padrão!

É incrível como isso incomoda muita gente,
Que não consegue entender, que a gente é diferente!
Nascemos todos únicos, mas o mundo nos iguala,
Querem até mandar na gente, em qualquer ponto se entala...
E enlata, e lhe dão uma enrabada!

Se você não faz parte disso, bate aqui na minha mão...
Vamos juntos mudar o mundo, essa tal situação,
De gente que se mata, para entrar nesse padrão,
De mídias que não se importam nem com a sua comoção!
São senhores e senhoras, que só querem sem dinheiro...
Padronizam até o jeito que temos que ir no banheiro.
Use essa calça, compre esse batom, vista essa meia, some nesse cartão.
Viva essa marca, sem conteúdo e sem emoção...
Não pergunte porque, só se encaixe no padrão!

Eu não uso a mesma calça, não corro na mesma esteira...
Não me iludo com esses sonhos, de consumo e bebedeira!
Remo contra a maré, em busca de um sentido,
Mas que muitas vezes é contra o relógio, contra o mundo.
E não me importo com isso, e não vou me amedrontar...
O que eu quero mesmo, é DESPADRONIZAR!



2 comentários:

  1. Rodolfo Medina, suas postagens estão cada vez melhores, mais reais e mais coerentes. Parabéns pelas reflexões. O mundo precisa delas!

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  2. Obrigado Anônimo,
    Se pudesse se identificar faria um agradecimento mais particular.

    Espero poder contar sempre com a ajuda dos leitores para melhorar cada dia mais. Sinta-se sempre a vontade em comentar.

    Abraços,
    Rodolfo Medina

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