terça-feira, 18 de junho de 2013

PÔR DO SOL


Com todos esses movimentos acontecendo no país todo, dificilmente conseguiria escrever algo sem ser influenciado pela grande euforia que estou sentindo. Vou fazer um esforço.
E vou fazer, também, uma reflexão sobre tudo que estou sentindo, com o tema que estou propondo.

Pôr do sol.
É quando o sol se põe.
Se põe longe dos olhos do nosso dia-a-dia, abaixo na colina, no horizonte da estrada.
Se põe para o outro lado, some da vista.

Antes de ir enfeita o céu...
Com cores que não conseguimos descrever.
Meio alaranjado, enroscado num vermelho quase rosa.
Um sutil encontro com o azul, que vai se escurecendo até parecer preto.
Cheio de pontinhos claros, o céu se despede do sol.

Sol que enquanto brilha faz secar a roupa no varal.
Faz clarear o dia, iluminando as ruas, os sonhos.
Faz brotar as plantas em seu respirar sem barulhos.
Faz aquecer os corpos, que levantam cedo para caminhar.
Caminhada que pode ser até o lago mais próximo.
Ou até o ponto de ônibus mais próximo.

Sol brilha, ilumina e aquece.
Nasce e desaparece.
Dia-a-dia, atrás da colina, no horizonte da estrada.

As vezes paro para apreciar o seu pôr.
Ou se pôr.
A se pôr.
Ou não pôr.

Fico imaginando quantas imagens conseguimos ver.
E quantas pessoas perderam a vista que tanto quis ter.
Perderam o pôr do sol.
Simplesmente assim.

Muitas vezes por não poder pôr junto a ele.
Ou não se pôr em lugar de vê-lo partir.
Partiu, não avisou, e se foi.
Foi para outro dia voltar, e continuar a somar.

Não viu por que estava parado no trânsito?
Não viu porque saiu do lugar.
Não viu por que o ônibus estava lotado?
Não viu porque sentou noutro lugar.
Não viu por que corria o dia?
E o dia não passou devagar.
Não viu por que perdeu seus sonhos?
Sonhos esses que não vão mais voltar.

Perdeu o pôr do sol, porque corria para ver o dia render.
Render o dinheiro para o fim do mês.
Render a desculpa em não ver.
Render o dia em seu trabalho, nem sempre tão acolhido como as cores do pôr do sol.
Render o dia...

Tem dia que acorda cedo, pega ônibus para trabalhar.
Nem vê o sol nascer, nem vê o sol vazar.
Nem sonha com sol, nem olha se pôr.
Nem "ponha" os pés pro alto e nem veja o sol se pôr.
E um dia lembrará do céu, que tinha sol, que sonhava em pôr.
Um dia lembraremos nós, de todos sóis que nos viu se pôr.

E nos "pomos", sem sol!

Veja o por do sol.

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